terça-feira, 18 de janeiro de 2011

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Ontem perdi um amigo. E perdi com ele uma parte da minha alegria.
E percebi que não tinha a dimensão do que é perder uma pessoa que a gente deixa entrar na vida da gente, sem grau de parentesco. Já perdi muita gente e como mãe tenho pânico de pensar em perder a minha filha... então, esse era meu maior medo. Nunca pensava na perda de um amigo, e nem nunca tinha perdido um. Perdi pai muito cedo, com 14, e acho que naquela época não tinha muita noção das coisas. Já perdi 3 avós e dois tios, chorei muito quando minha vó morreu e vi que não era mais forte só por ser órfã de pai.
E não que a gente meça as perdas, nem as amizades. Mas fiquei amiga por causa da minha irmã e cunhado. Aprendi a gostar. Levei para o meu ciclo de amizades. E não sabia que ia ser tãoooo difícil perder. Não sabia da importância dele na minha vida. Mais precisamente na minha alegria.
De repente percebi que o último aniversário dele, um dia depois do meu por sinal, foi comemorado lá em casa. Percebi também que o último Natal, como em outros dois anos, também foi passado junto. E faz tão pouco tempo... E no nosso último encontro, há uns 15 dias, percebi o mais triste, foi uma das poucas vezes que conversamos pouco. Apenas algumas gracinhas como de costume... e aquele “gurduraaa” dele deixado no ar.
Tantos almoços de domingo vendo o Timão la em casa... tomando cerveja até esvaziar o freezer, do óculos que sempre esquecia la em casa, das bobagens criativas, muitas!, e das risadas. Ele era sinônimo de risada. De alegria.
Lembro um dia que ele “trêbado” me abraçou e disse pra alguém que tava perto: _“Gosto tanto dessa menina...”

Eu tb gostava muito de você. Pena não ter tido tempo de te falar.
Fica em paz, Kako.

"Clardia"

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