domingo, 30 de janeiro de 2011

ciúme x respeito

Odeio achar que sou ciumenta. Odeio pensar em discutir relação. Odeio mais ainda ser comparada a todas... "vocês mulheres são assim!"
Eu não sou vocês. Se tem uma coisa que me irrita é quando generaliza. Eu não generalizo, "homem não presta", essa frase é ridícula na minha opinião.
Relação exige sensatez, paciência e cuidado. Dos dois lados.
Por exemplo, eu não quero ficar escrevendo uma cartilha pra outra pessoa seguir. Existem certos limites que a gente aprende a ter. Quem deve perceber sozinho é o outro.
Como falar que aquelas fotos da viagem que você não fez junto, e que sabe que ele foi acompanhado, te incomodam?! A gente tenta não ficar "aporrinhando", mas se não fala, não resolve.
Então to numa fase meio direta. "Tira essa p... daí logo!"
Não precisa deletar do computador, mas tira das redes sociais né?!
Isso é ciúme? Exagero? Será?! Isso tinha que partir do outro. E nesse caso mulher é muito mais sensata. A gente já se adianta e sai deletando qualquer foto que possa provocar um pequeno stress. Afinal temos que prezar pela felicidade, pela tranquilidade do namoro - pq pra mim namoro tem que ser coisa boa, trazer momentos bons, senão não rola!
E se somos iguais, gostamos de discutir relação, de ter ciuminhos que a maioria acha idiota... os homens já deviam saber. E já deviam ter aprendido há muito tempo.
Antes eu era da turma "desencanada". Mais livre, menos stress em relação a essas coisas. Afinal se tá comigo é porque quer. Mas eu percebi que apesar de mais velha, nesse ponto eu to mais chata. Não acho legal algumas coisas e falo o que me incomoda. Se eles não sabem ser sensatos, vão ter que aprender.
E tenho dito.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

...

Ontem perdi um amigo. E perdi com ele uma parte da minha alegria.
E percebi que não tinha a dimensão do que é perder uma pessoa que a gente deixa entrar na vida da gente, sem grau de parentesco. Já perdi muita gente e como mãe tenho pânico de pensar em perder a minha filha... então, esse era meu maior medo. Nunca pensava na perda de um amigo, e nem nunca tinha perdido um. Perdi pai muito cedo, com 14, e acho que naquela época não tinha muita noção das coisas. Já perdi 3 avós e dois tios, chorei muito quando minha vó morreu e vi que não era mais forte só por ser órfã de pai.
E não que a gente meça as perdas, nem as amizades. Mas fiquei amiga por causa da minha irmã e cunhado. Aprendi a gostar. Levei para o meu ciclo de amizades. E não sabia que ia ser tãoooo difícil perder. Não sabia da importância dele na minha vida. Mais precisamente na minha alegria.
De repente percebi que o último aniversário dele, um dia depois do meu por sinal, foi comemorado lá em casa. Percebi também que o último Natal, como em outros dois anos, também foi passado junto. E faz tão pouco tempo... E no nosso último encontro, há uns 15 dias, percebi o mais triste, foi uma das poucas vezes que conversamos pouco. Apenas algumas gracinhas como de costume... e aquele “gurduraaa” dele deixado no ar.
Tantos almoços de domingo vendo o Timão la em casa... tomando cerveja até esvaziar o freezer, do óculos que sempre esquecia la em casa, das bobagens criativas, muitas!, e das risadas. Ele era sinônimo de risada. De alegria.
Lembro um dia que ele “trêbado” me abraçou e disse pra alguém que tava perto: _“Gosto tanto dessa menina...”

Eu tb gostava muito de você. Pena não ter tido tempo de te falar.
Fica em paz, Kako.

"Clardia"

Ponto de vista

Ela chega em casa chorando. Pega o telefone liga pra melhor amiga. Meio sem graça, começa contando que tinha certeza que dessa vez era pra valer. Que uma química como aquela, não podia ser de mentira. Jura que foi enganada. A amiga insiste perguntando se algum dia ele deu certeza que era uma coisa “séria”, mas ela está irredutível, acaba desconfiando que a outra torceu contra...
Dessas vez ela achou q ia ser pra sempre. Ele tinha tudo o que ela precisava: um bom emprego, morava sozinho, carro quase zero, estava perto dos 30 como ela. Ela sabe que o último namoro dele deixou marcas. Mas achou que podia quebrar o gelo daquele coração tão machucado. Ela apagou da mente o dia em que ele mostrou o restaurante onde ia com a ex... Fingiu também que jamais ele pareceu distante ao telefone. E por falar em telefone, ela esqueceu de contar quantas foram as ligações dele pra ela. Poucas, a ponto de caberem em uma das mãos apenas.
Ela repete, soluçando: “foram dois meses de pura mentira...”. Ela não entende. Não quer entender. Quer apenas chorar. Curtir sua infelicidade. Sentir-se a pior das mulheres.

Ela chega em casa sorrindo. Nas mãos uma sacola daquela loja que ela paquerava a vitrine. Na mesa da sala um vaso de flores, ainda com o bilhete da noite anterior, mal colado no papel celofane transparente. Pega o telefone e liga pra melhor amiga. Enquanto isso, corre pra pegar o bilhete porque sabe que vai ter que ler exatamente como está escrito... Conta que no começo não entendia o motivo de ter ficado com ele. Bebida? Carência? Falta de opção?! Elas riem e chegam a conclusão que pode ter sido tudo junto! Comenta que conheceu a família dele. Achou todo mundo normal. A mãe meio protetora, mas simpática. O pai quieto, daqueles que dão a última opinião em tudo, mas que deixam a mulher pensar que quem manda é ela. A irmã foi quem mais conversou com ela. A comida era boa. A casa grande, cafona, mas grande. Já imagina a decoração da sua casa... e já aproveita pra contar que vão ficar noivos no Natal. Ela confirma que está apaixonada. Sabe que fez uma boa escolha. O cabelo liso dele jogado na testa não incomoda mais. Conta do sapato “daquela loja” que acabou de ganhar dele. Convida a amiga pra ser madrinha. Ela entende que chegou sua vez. Quer curtir sua felicidade. Sente-se amada.

Espera um minutinho?!

Só mais um blog de alguém que quer poder falar o que pensa. Só mais um blog que vai falar de coisas variadas da vida. Só mais um diário virtual pra dar uma desabafada, usar os "minutinhos" que sobram pra poder se expressar!
Apreciem sem moderação.